ABSOLVERE DEBET JUDEX POTIUS IN DUBIO QUAM CONDEMNARE.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

2. NO IMPASSE DAS TRANSFORMAÇÕES DA SOCIOLOGIA.

A revolução Industrial deu origem a grandes transformações a partir do século XV. A expansão marítima, as grandes navegações, as reformas protestantes levavam a novas descobertas, a uma nova definição de mundo, de cultura, novos modos de explicar a natureza e a sociedade a partir desse movimento intelectual.
Nova estrutura política, um desenvolvimento estatal que tinha por base a centralização da justiça, da força armada, a Reforma Protestante, a maneira de como resolver problemas sociais, proporcionaram ao homem um conhecimento racional, deu  a ele a capacidade de conhecer e de ter uma atitude diferente diante das possibilidades de explicar os fatos sociais.
Foram surgindo cada dia mais novas tecnologias, o trabalho que antes era manufaturada passou a ser maquinofaturado, presença de máquinas cada vez mais evoluidas, passa a ter então o trabalho assalariado, não deixando de ter também o trabalho escravo e o servil. São dessas evoluções que pensadores por caminhos divergentes, refletiam sobre a realidade que se passavam e tentavam explicá-las.
As mudanças que se operavam nas formas de sproduzir a riqueza só poderiam funcionar se ocorressem modificações na estrutura política, pois o sistema político feudal tinha restringido as tarefas administraticas e fiscais, vem como as legais e militares, aso diferentes estamentos privilegiados.
Assim, pouco a pouco foi se desenvolvento uma estruturação estatal que tem por base a centralização da justiça, como um novo sistema jurídico baseado no Direito romano, a centralização da força armada, com a formação de um exército pemanente, e a centralização administrativa, com um aparato burocrático ordenado hierarquicamente, com um sistema de cobrança de impostos que irá permitir uma arrecadação constante para manter todo esse aparato jurídico-burocrático-militar sob um único comando. Nascia, dessa forma, o Estado Moderno, que veio favorecer a expansão das atividades vinculadas aos desenvolvimento da produção têxtil, à mineração e à siderugica, bem como ao comércio interno e externo.
Por assim, não obstante ao conhecimento racional do universo e da vida dos homens em sociedade começa regras a ser seguida, há sempres a possibilidade de reação, principalmente por parte da igreja, a exemplo do Concílio de Ternto e dos processos da Inquisição, que procuraram impedir toda e qualquer manifestação que pudesse pôr em dúvida a autoridade eclesiástica, seja no campo, da fé, seja no das explicações que se propunham para a sociedade e a naturza.
O homem, como ser racional e com capacidade definida como elemento essencial que se colocaria frontalmente contra o dogmatismo e a autoridade eclesial, criando-se, pois, uma nova atitude diante das possibilidades de explicar os fatos sociais.
No século XIX, a consolidação do sistema capitalista na Europa irá fornecer os elementos que servirão de base para surgimento da Sociologia como ciência particular. No início desse século, o pensamento de Saint-Simon de G. W. E Hegel e de David Ricardo, entre outros, será o elo para que Augste Comte e Karl Mark desenvolvam suas reflexões sobre a sociedade de maneiras radicalmente divergentes.
Para Auguste Comte a sociologia representava o coroamento da evolução do conhecimento, ela deveria sempre procurar a reconciliação entre os aspectos estáticos e dinâmicos do mundo natural, ou em relação a sociedade, entre ordem e o progresso, devendo este estar subordinado. Comte propôs uma completa reforma da sociedade em que vivia, cujo ponto de partida seria a reforma intelectual plena do homem.
Já Marx e Engels não tinham nenhuma preocupação em definir uma ciência especiífica para estudar a sociedade. A sociedade para eles deveriam ser analisadas na sua totalidade, não havendo separação entre os aspectos sociais, econômicos, políticos, ideológicos, religiosos. Eles tinham uma grande preocupação nos acontecimentos que envolviam os trabalhadores, por isso a preocupação de ambos foram sempre analisar a sociedade capitalista, procurando assim colocar nas mãos dos trabalhadores uma arma eficaz para as suas lutas contra o capital.
Para Max Weber, o indivíduo deveria ser a unidade de análise, por ser ele o único que pode definir intenções e finalidades para seus atos. Desse modo, o ponto de partida da Sociologia é a compreensão da ação dos indivíduos, atuando e vivenciando situações sociais com determinadas motivações e intenções.
E é desse modo que a sociologia chega no Brasil, nas universidades e ensino médio, procurando por um lado, definir mais claramente as fronteiras com outras áreas do conhecimento afins, como a literatura, a história e a geografia. E por outro lado, a institucionalização com a criação de escolas e universidades, nas quais a disciplina de Sociologia passa a ter um espaço e é promovida a formação de sociólogos. Com o objetivo de formar técnicos, assessores e consultores capazes de produzir conhecimento científico sobre a realidade brasileira.

Por: LARISSA DANIELLE, MARINA REIS SILVA, SAMUEL ALVEZ

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